O Governo Federal espera revisar o cadastro de 5 milhões de beneficiários inscritos no Bolsa Família e que declararam morar sozinhos para verificar quem direito aos valores disponibilizados pelo programa. Entre março e dezembro deste ano, todas essas pessoas devem ser convocadas para comparecer aos Centros de Referência de Assistência Social (Cras). Porém, com o objetivo de facilitar a revisão, foi disponibilizada uma ferramenta no site onde beneficiários podem se desligar voluntariamente do programa.
Wellington Dias, titular do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, estima que cerca de 2,5 milhões de beneficiários recebam o Bolsa Família indevidamente. Houve casos, inclusive, de pessoas com renda entre oito e nove salários mínimos conseguiram se registrar no Cadastro Único (CadÚnico).
O governo atribui o desmonte do CadÚnico à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Wellington Dias lembra que as inscrições, antes de responsabilidade de estados e municípios, passaram a ser feitas pelo aplicativo, o que gerou falhas na checagem dos dados.
“Avaliamos que as informações coletadas não passavam pelos filtros adequados. Por isso, mesmo sem atender aos critérios de acesso ao programa, muitas pessoas recebem o recurso indevidamente”, disse Wellington.