Com a chegada das férias escolares, a tradicional brincadeira de empinar pipas volta a ganhar força no Pará. No entanto, a prática tem causado sérios transtornos à rede elétrica e risco à vida de quem participa, especialmente quando há uso de materiais proibidos, como o cerol e a linha chilena.
De acordo com a Equatorial Pará, foram registradas 867 ocorrências de falta de energia causadas por pipas presas à fiação elétrica entre janeiro e abril de 2025. O número representa uma leve redução de 13% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 996 casos, mas ainda é considerado preocupante.
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A cidade de Bragança aparece na terceira posição entre os municípios com mais registros, com 73 ocorrências. A capital Belém lidera a lista com 89 casos, seguida por Santarém (75). Também estão no ranking Curralinho (44) e Alenquer (39).
A tendência, segundo a distribuidora, é de aumento das ocorrências nas próximas semanas, período em que as crianças e adolescentes estão fora da escola e mais propensos a praticar a atividade.
Além dos prejuízos ao fornecimento de energia, o uso de cerol – mistura de cola, limalha e vidro moído – e da linha chilena, potencializa os riscos. Ambos são proibidos por lei no Pará, conforme a Lei nº 9.597, de 20 de maio de 2022, que veta a fabricação, venda, armazenamento e uso desses materiais. O Código Penal Brasileiro também prevê pena de detenção para quem colocar em risco a integridade de outras pessoas com o uso dessas substâncias.
Dicas de segurança:
- Evite soltar pipas perto da rede elétrica ou de torres de transmissão;
- Nunca tente resgatar pipa presa em fios, postes ou transformadores;
- Use locais abertos, como praias, campos e parques;
- Jamais utilize cerol ou linha chilena — além de ilegais, são extremamente perigosos;
- Crianças devem estar sempre acompanhadas por adultos.
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A Equatorial reforça que soltar pipas pode ser seguro e divertido, desde que feito com responsabilidade. Em caso de incidentes, a recomendação é não se aproximar da rede elétrica e acionar imediatamente a empresa pelo telefone 0800 091 0196.
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Fonte: Diário do Caeté