O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, concedeu sua primeira entrevista coletiva desde que assumiu o cargo no final do ano passado, alertando que Pequim e Washington, nos Estados Unidos, podem estar caminhando para um “conflito e confronto” se os EUA não mudarem de rumo. Os dois países têm enfrentado desafios nas áreas de comércio, tecnologia, Taiwan, direitos humanos e a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Qin adotou um tom combativo e acusou os EUA de desviarem-se totalmente da trilha racional e sólida em sua política em relação à China. “Se os EUA continuarem a acelerar no caminho errado, nenhuma barreira poderá impedir o descarrilamento e certamente haverá conflito e confronto“, disse o ministro.
Ele também alertou que essa competição entre as duas potências é uma aposta imprudente, colocando em jogo os interesses fundamentais dos dois povos e até mesmo o futuro da humanidade.
Líder chinês, Xi Jinping vai na mesma linha
Os comentários de Qin ecoaram o discurso do líder chinês, Xi Jinping, na segunda-feira aos legisladores, onde ele pediu que a China mantivesse a calma, buscasse o progresso mantendo a estabilidade, unisse-se como um só e ousasse lutar. Isso ocorre em um momento em que as relações entre as duas potências estão em baixa histórica, com os países ocidentais liderados pelos EUA implementando contenção, cerco e repressão total à China, segundo Pequim.
Enquanto isso, autoridades americanas estão cada vez mais preocupadas com os objetivos políticos e econômicos expansivos da China e a possibilidade de uma guerra por causa de Taiwan. Muitos em Washington pediram que os EUA façam um esforço maior para combater a influência chinesa no exterior. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que a política dos EUA em relação à China permanece consistente, buscando a competição, não o conflito.
Fonte: Oliberal