O Pará teve 23.702 casos de malária em 2022. Em 2021, foram aproximadamente 20.295. Os dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) somam quase 44 mil ocorrências da doença transmitida pelo mosquito Anopheles nos últimos dois anos. A quantidade de casos preocupa a saúde pública, ao passo que o mosquito vetor começou a ser visto com mais frequência em centros urbanos, incluindo a capital, que teve um surto em 2021. Nesta terça-feira (25), no Dia Mundial de Combate à Malária, o Ministério da Saúde, a Prefeitura de Belém e o Instituto Evandro Chagas (IEC) lançam, no estado, planos de enfrentamento e erradicação da malária até 2035.
Nesta terça, às 9h, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, estará em Ananindeua para o lançamento da campanha “Unidos Contra a Malária”. Na ocasião, serão apresentados os dados epidemiológicos atualizados da doença no Brasil e as principais ações da pasta para tratamento dos pacientes e redução de casos, em busca da eliminação da doença até 2035. O lançamento marca, além do dia de luta contra a doença, os 20 anos de atuação do Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária. O IEC apenas lançou a nota avisando da presença da autoridade do Ministério da Saúde.
Em Belém, a Secretaria Municipal de Saúde promove um plano de ação e campanha de sensibilização da população, com o objetivo de combater a malária. A ação será das 8h às 12h, no entorno da Unidade Básica de Saúde da Vila da Barca. “O Programa Municipal de Controle da Malária de Belém fará ações alusivas à data de enfrentamento da doença. O objetivo principal é informar e sensibilizar a população quanto ao risco de ocorrência de malária autóctone na capital paraense, assim como a importância das atividades de vigilância em parceria com a comunidade”, diz nota da prefeitura.
No dia 22 de maio de 2007, a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu o dia 25 de abril como o Dia Mundial de Luta contra a Malária, como o reconhecimento dos esforços globais para o controle efetivo da doença, além das medidas direcionadas para a redução de casos.
Entenda mais sobre a doença
O que é a malária?
Malária – É uma doença infecciosa, febril aguda que pode evoluir para formas mais graves quando não diagnosticada e tratada de forma adequada. A malária tem cura e o tratamento é gratuito, sendo inicialmente feito pela Unidade Básica de Saúde.
Como é transmitida?
Os protozoários causadores da doença são transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles.
Quais os sintomas?
Entre os sintomas mais comuns da doença estão: febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça. Mas também existem casos em que o paciente pode manifestar náuseas, vômitos, cansaço e até falta de apetite.
Como é o diagnóstico?
O diagnóstico pode ser feito por meio de gota espessa ou teste rápido. A gota espessa é obtida com amostra de sangue colhida diretamente por punção digital.
Como é o tratamento?
O tratamento é feito de acordo com o peso do paciente e espécie parasitária, podendo ser por P.vivax, P falciparum ou mista. Com resultado positivo para malária, o paciente recebe os medicamentos e inicia imediatamente o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É importante que o paciente complete o tratamento mesmo já estando sem sintomas, para que alcance totalmente a cura.
Como prevenir?
Com relação à prevenção, em áreas onde os riscos são maiores, a população pode adotar cuidados básicos como usar mosquiteiros, repelentes, roupas que protejam braços e pernas, e também colocar telas em portas e janelas.
Qual risco em potencial?
A pessoa, que tenha viajado, nos últimos 15 dias, para uma área endêmica de malária, procurar imediatamente o serviço de saúde assim que apresentar algum desses sintomas.
Fonte: Sespa