As semifinais do Campeonato Paraense de 2023 deram o que falar. Isso porque os jogos de Cametá x Remo e Águia de Marabá x Paysandu tiveram reclamações após as marcações de pênaltis. No jogo entre Leão e Mapará, as imagens mostram que realmente há o toque da bola na mão do defensor cametaense, mas na disputa entre Azulão e Papão, o jogador do Lobo é derrubado fora da área.
Em agosto de 2022, Ricardo Gluck Paul, em contato com a reportagem do DOL, disse que a Federação Paraense de Futebol (FPF) estava correndo atrás para implementar o uso do VAR nas fases finais do Parazão 2023. Entretanto, a entidade não conseguiu os recursos suficientes para que o sistema fosse colocado nas quartas e semifinais deste ano, mas o dirigente garante que terá na grande final.
“A garantia do VAR no estadual sempre foi na final. Com os dois jogos da final com VAR, Nós íamos tentar buscar o VAR para as fases finais. Então, está mantida a questão do VAR na final, mas nós não conseguimos implantar nas semifinais por uma questão de orçamento para esse ano. A ideia é que a gente vá implementando aos poucos. Eu já consigo ver ano que vem uma maior possibilidade disso acontecer”, destacou.
Momento em que pênalti é marcado para o Paysandu Reprodução/TV Cultura
“Já existe uma discussão nova que foi apresentada pelo próprio presidente do Remo, o Fábio, da possibilidade de fases finais de jogos únicos. Isso é algo que vai começar a ser estudado pela federação também para implementação. Por mais que a gente entenda que não pode mudar a forma de disputa por dois anos, a gente também pode entender que essa forma de disputa fazendo as quartas e a semifinal em jogo único e isso facilitaria muito o entendimento do VAR”, complementou.
Após a partida contra o Paysandu, o Águia de Marabá lançou uma nota criticando a Federação Paraense de Futebol, a arbitragem e que iria solicitar o Árbitro de Vídeo para a partida da volta, marcada para o próximo sábado (29), na Curuzu, em Belém, a partir das 19h. Gluck Paul disse o que acha sobre o uso do VAR em somente uma partida das semifinais.
“Eu entendo que em uma semifinal, quartas de final, quando você tem VAR no jogo de ida e não faz no da volta, há um desequilíbrio. Eu acho que tem que ter nos dois, a minha visão. Então, naturalmente que isso impõe aí pra gente algumas restrições. Vamos ter na final e nós vamos aí implementando aos poucos essa extensão da utilização do VAR, que na minha visão é fundamental para proteger o trabalho dos árbitros que, como qualquer profissional, também estão sujeito a erro. Então, acho que o VAR é uma ferramenta que auxilia a arbitragem a diminuir a incidência de erro. Então, é nesse sentido que a gente pretende trabalhar”, finalizou.