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Investigação aponta que suspeita usou o filho para enviar bombom envenenado para vítima no Rio

A polícia encontrou uma arma e uma substância que pode ser chumbinho durante as buscas na casa da suspeita de ter enviado os bombons envenenados que podem ter provocado a morte de Lindaci Viegas Batista de Carvalho, no Rio.

A mulher foi presa, nesta quinta-feira (25), como a principal suspeita do crime. A vítima morreu logo depois de comer o chocolate que recebeu no dia do aniversário, no último sábado (20).

A investigação revelou, ainda, que a suspeita usou o próprio filho, de 17 anos, para levar a caixa de doces e flores a um motoboy em Acari, na zona norte do Rio, para fazer a entrega.

O delegado Fábio Luiz da Silva Souza disse, em entrevista à Record TV Rio, não ter dúvida sobre a autoria, já que as imagens de câmeras de segurança mostram a mulher dentro do carro, próximo ao ponto do mototaxista. O vídeo mostrou que foi o adolescente quem desceu do veículo e fez o contato com o entregador para deixar o pacote com Lindacy.

Para o delegado, o crime foi planejado e motivado pelo ciúme que ela sentia do homem com quem tinha um relacionamento e que, anteriormente, havia namorado Lindaci. Inclusive, a polícia identificou ameaças enviadas por mensagem à vítima, antes do crime, na qual aparece a arma apreendida hoje.

Peça-chave

O entregador foi a peça-chave para que a 20ª DP (Vila Isabel), responsável pela investigação, chegasse até a mulher suspeita do crime. Ele afirmou que não tinha conhecimento de que os bombons estavam envenenados e que apenas entregou a encomenda após ter sido solicitado o serviço no ponto onde trabalha.

No entanto, depois da repercussão do caso na imprensa, o motoboy passou a receber ameaças por telefone. Ele procurou a polícia e, junto dos investigadores, foi buscar as imagens de câmeras em Acari. Ao chegar no local, o homem encontrou a suspeita, que já o aguardava com a proposta de trocar o aparelho de celular dele por outro novo.

Perícia constatou chumbinho em chocolate
A polícia ainda aguarda o laudo complementar no corpo da vítima para confirmar se ela foi envenenada com chumbinho. Mas a perícia já encontrou a substância em parte do chocolate que sobrou e não foi ingerido por Lindaci.

“Queria ressaltar que esse fim poderia ser mais trágico, porque bombom, quando você recebe em quantidade, você dá para pessoas à sua volta. Então, poderia ter vitimado mais pessoas”, disse o delegado responsável pela investigação.

Pena pode chegar a 30 anos
O delegado Fábio Luiz da Silva Souza disse que, se condenada, a suspeita pode pegar uma pena de até 30 anos de prisão. Ela responde pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, por envenenamento e motivo fútil.

A polícia ainda apura se o adolescente tinha conhecimento sobre o veneno. Caso essa hipótese seja confirmada, a mulher ainda pode responder por corrupção de menores.

Fonte: R7

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