Em pouco mais de 5 meses, de janeiro a 5 de junho de 2023, o Pará computou 24 casos de feminicídio, que, segundo o Código Penal, é “o assassinato de uma mulher cometido por razões da condição de sexo feminino”. O balanço foi divulgado nesta terça-feira (13), pela Secretaria de Segurança Pública e defesa Social do Pará (Segup).
O caso mais recente ocorreu na noite da última segunda-feira (12), no Dia dos Namorados, dentro de um quarto de motel no bairro da Pedreira, em Belém, quando Rayana Rocha Thomas, de 25 anos, foi morta com 22 facadas. Policiais militares que atenderam a ocorrência informaram que Samuel Ferreira da Silva, de 35 anos, estava com a vítima no local e foi o responsável pelo crime.
Ainda segundo a PM, o gerente arrombou a porta do quarto e encontrou Rayana caída ao chão. Neste momento, Samuel estaria desferindo facadas em si mesmo. O homem apresentava ferimentos superficiais na região do peito. Ele foi encaminhado para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, na Grande Belém. De acordo com informações de familiares da vítima, até a noite de ontem (13), ele permanecia internado e estava sob custódia da polícia.
Os funcionários do motel constataram que a arma usada no crime não pertencia ao estabelecimento onde ocorreu o assassinato. A polícia acredita que Samuel tenha levado a faca consigo para o local e, possivelmente, planejou o assassinato da jovem antecipadamente. Até o momento, o grau de envolvimento entre Samuel e a vítima não foi esclarecido. A Polícia Civil é responsável pela investigação do caso.
Investigação
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso será investigado pela Delegacia de Feminicídios e pela Divisão Especializada no Atendimento à Mulher, em Belém.
“O suspeito foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio e levado para receber atendimento médico no Hospital Metropolitano. Após isso, será conduzido à delegacia onde prestará depoimento e ficará à disposição da justiça.”, detalhou a nota da PC.
Medidas contra o crime
Em nota, a Segup reforçou que o Estado dispõe de medidas contra esta prática, como a operação Maria da Penha”, aplicativo SOS Maria da Penha, Patrulha Maria da Penha, o Alerta Pará, e ainda, o Programa Pró-Mulher Pará, além das campanhas de incentivo à denúncias para os canais da Segurança Pública, bem como, o Disque-Denúncia por meio do atendimento convencional pelo número, 181, ou ainda, via Whatsapp (91) 98115-9181 por meio do canal da IARA (Inteligência Artificial Rápida e Anônima).
Fonte: Oliberal