Vitor Mendes, zagueiro paraense atualmente afastado do Fluminense e ex-jogador do Juventude, admitiu sua participação em um esquema de manipulação de jogos de futebol para benefício de apostadores. Ele se tornou a nona testemunha a fechar acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO) no âmbito da Operação Penalidade Máxima, que investiga essa prática visando lucros em apostas esportivas.
Vitor Mendes é encontrado em trocas de mensagens com os apostadores, evidenciando sua estreita relação com o grupo. Em uma gravação de áudio enviada por Bruno Lopez, apontado pelo MPGO como líder do esquema, aos seus cúmplices, Mendes afirma: “Ele é um dos nossos jogadores”. Ele recebeu pagamentos em duas ocasiões para receber cartões amarelos em jogos do Juventude no Brasileirão de 2022 e ofereceu-se para receber um terceiro cartão, porém, os apostadores decidiram não utilizá-lo. Além disso, ele se comprometeu a “arrumar mais dois” atletas para participar do esquema.
O jogador paraense também deve ser condenado a pagar uma multa equivalente às quantias ilícitas que recebeu, assim como ocorreu com os demais envolvidos. Na próxima sexta-feira, Vitor Mendes prestará depoimento ao MPGO e assinará os termos do acordo.
O zagueiro agora se junta a outros oito jogadores que firmaram acordos de não-persecução penal e passaram a ser testemunhas da operação. Essa lista inclui Kevin Lomónaco, do Bragantino; Moraes, do Juventude; Nikolas Farias, do Novo Hamburgo; Jarro Pedroso, atualmente no Inter de Santa Maria; Nino Paraíba, ex-América-MG; Diego Porfírio, ex-Goiás e atualmente no Guarani; Bryan Garcia, demitido pelo Athletico; e Sávio, ex-Goiás e atualmente no Rio Ave, de Portugal.
Fonte: Oliberal