Nesta quarta-feira (21), o assassinato do radialista Jairo Sousa, em Bragança, completa cinco anos, ainda sem julgamento dos acusados.
O CRIME
Em 21 junho de 2018, Jairo Sousa havia acabado de chegar ao prédio onde funciona a rádio em que trabalhava, para a apresentação do seu programa “Show da Pérola”, por volta de 5h, quando um homem desferiu-lhe dois disparos de arma de fogo pelas costas, enquanto subia as escadarias do local.
O radialista chegou a ser levado para um hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade hospitalar. Em seu programa, Jairo Sousa fazia diversas denúncias contra políticos da região e de acordo com o inquérito policial, a insatisfação com as denúncias teria sido o motivo principal do crime.
O Ministério Público de Bragança, ofereceu denúncia contra 11 pessoas envolvidas no assassinato do radialista, entre elas, o ex-vereador Cesar Monteiro, suspeito de ser o mandante do assassinato. Segundo os autos do inquérito, o homicídio foi encomendado a um grupo de pistolagem e teria custado R$ 30 mil, valor combinado José Roberto Costa de Sousa, conhecido como Calá, que é apontado de chefiar o grupo de extermínio no nordeste do estado.
PRISÕES
Em novembro de 2018, cinco meses após o caso, cerca de 50 policiais participaram da “Operação Pérola”, o nome fazis menção ao programa que Jairo apresentava, e prendeu diversos envolvidos no crime, incluindo Dione de Sousa Almeida, acusado de fazer os disparos que tiraram a vida do radialista.
Devido o lento andamento do processo, boa parte dos acusados saíram da prisão para responder o crime em liberdade.
A Polícia Civil ainda monitora os envolvidos, e prendeu mais uma vez “Calá”, já que ele é investigado em vários inquéritos policiais, incluindo além do homicídio qualificado, constituição de milícia privada (grupo de extermínio) e coação do processo.
Familiares, amigos e admiradores do trabalho de Jairo Sousa cobram justiça por sua morte, além de manter viva a memória e todo o legado do radialista.
Fonte: Diário do Caeté