Na sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023, a Rússia lançou um ataque massivo contra alvos ucranianos, incluindo usinas energéticas, utilizando drones e mísseis. O ataque ocorre enquanto a Ucrânia acredita que Moscou esteja planejando uma invasão terrestre no leste do país. A Rússia disparou seis mísseis de cruzeiro Kalibr, até 35 mísseis guiados antiaéreos S-300 nas regiões de Kharkiv e Zaporizhzhia, segundo Kiev, e utilizou sete drones Shahed de fabricação iraniana. O Exército ucraniano afirma que cinco mísseis de cruzeiro Kalibr e cinco drones Shahed foram destruídos pela defesa antiaérea.
De acordo com militares ucranianos, pelo menos dois mísseis russos sobrevoaram o espaço aéreo da Romênia, um país que faz parte da Otan, sinalizando um esforço para ampliar a aversão do bloco ao Kremlin. No entanto, a Romênia negou que mísseis de cruzeiro russos tenham sobrevoado seu espaço aéreo.
Os bombardeios se concentraram no leste industrial da Ucrânia, especialmente nas províncias de Luhansk e Donetsk, mas atingiram também Kiev. Em Kharkiv, a segunda maior cidade do país, infraestrutura crítica foi atingida, resultando em sete ferimentos. A empresa de energia da Ucrânia, Ukrenergo, informou que infraestruturas de alta tensão foram atingidas nas regiões leste, oeste e sul, causando quedas de energia em algumas áreas.
O ataque acontece em meio aos pedidos do presidente Volodmir Zelenski por envio de caças ocidentais e dá um senso de urgência aos apelos da Ucrânia por mais apoio militar ocidental. O presidente ucraniano fez uma rara viagem de dois dias ao exterior para pressionar os aliados a concederem mais ajuda a Kiev. Devido à ameaça de ataques com mísseis, cortes de energia de emergência foram decretados na capital e na região de Dnipropetrovsk.
Zaporizhzhia foi atacada 17 vezes em uma hora, o que foi o período de ataques mais intenso desde o início da invasão em grande escala em 24 de fevereiro de 2022, segundo o secretário do conselho da cidade, Anatolii Kurtiev.
Fonte: Oliberal