O governo dos Estados Unidos (EUA) afirmou, nesta quinta-feira (9/2), que o balão chinês que sobrevoou o território norte-americano na última semana tinha capacidade para monitorar sinais de comunicação. A informação foi divulgada após o Pentágono derrubar o dispositivo no último sábado (4), por suspeita de espionagem.
Com os destroços do artefato em mãos, Washington iniciou uma investigação e diz ter constatado a capacidade do balão de captar sinais de comunicação da região em que ele sobrevoa. Autoridades norte-americanas afirmaram estar “convencidas” de que o fabricante do balão tem “relacionamento direto” com as Forças Armadas chinesas.
Autoridades dos EUA afirmaram ainda que a China realizou voos de vigilância semelhantes em mais de 40 países nos cinco continentes. Além do norte-americano, a Colômbia afirmou ter registrado um objeto semelhante nos céus do país.
O artefato tecnológico levou a uma nova escalada de tensões entre EUA e China, culminando no adiamento de uma visita a Pequim do Secretário de Estado estadunidense, Antony Blinken, que estava marcada para o último fim de semana.
Em uma disputa de narrativas, o governo de Xi Jinping garantiu que o dispositivo é usado exclusivamente para fins meteorológicos, e que teria saído da rota original. O Pentágono, no entanto, não aceitou a explicação.
Forças de segurança recolheram o artefato no domingo (5) após a derrubada.
Fonte: Metrópoles