As causas para a prisão de ventre são várias. Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, cerca de 30% da população sofre de prisão de ventre e o sintoma é mais frequente entre as mulheres. A constipação intestinal, crônica ou não, têm riscos sérios para a saúde se não for tratada.
A prisão de ventre ocorre quando há dificuldade em evacuar. Vira um problema quando o paciente vai ao banheiro para evacuar menos do que três vezes por semana ou quando precisa fazer um grande esforço para isso. Em casos assim, é necessário procurar ajuda médica.
“As causas costumam estar relacionadas à alimentação, mas também podem ser psicoemocionais, por causa do uso de medicamentos específicos ou de outras doenças”, enumera o gastroenterologista Ricardo Coutinho Nogueira, do Hospital Santa Marta, em Brasília.
Riscos em não tratar a constipação intestinal
A prisão de ventre costuma ser resolvida com medidas multifatoriais, que envolvem mudança de dieta, maior ingestão de águas, adoção de atividades físicas e controle da ansiedade e do estresse.
Em casos de constipação prolongada, o paciente deve usar medicamentos, como laxantes. A prisão de ventre se torna crônica quando o quadro é persistente. No caso, há risco de o paciente desenvolver outros problemas de saúde como:
- Diverticulite, infecção intestinal causada pelo acúmulo de fezes;
- Perfuração intestinal;
- Má absorção de nutrientes;
- Dores abdominais crônicas;
- Obstrução intestinal;
- Náuseas e vômitos.
“O tratamento deve ser individualizado, respeitando as comorbidades e as limitações de cada pessoa. Os hábitos do paciente precisam ser estudados para se chegar a um tratamento que funcione”, afirma a gastroenterologista Brenda Aidar.
Pacientes que possuem intestino preso devem procurar ajuda médica para verificar se há alguma enfermidade que justifique o sintoma. Diabetes, depressão, lupus, endometriose e tumores intestinais são algumas das doenças que têm a prisão de ventre como sintoma.
Como evitar a prisão de ventre
Priorizar uma alimentação rica em fibras, caprichar na ingestão de água e fazer exercícios regularmente ajudam a manter a saúde intestinal.
- Frutas: figo, pera, maçã e kiwi;
- Verduras: alface, rúcula, agrião, couve, brócolis, repolho, berinjela e abobrinha;
- Grãos: aveia, farelo de aveia, farelo de trigo, milho, lentilha e quinoa;
- Sementes: chia, linhaça e gergelim;
- Oleaginosas: castanhas, amendoim, amêndoas e nozes;
- Bebidas: café, chá de erva-cidreira e de cascara sagrada.
Fonte: Matrópoles