Na manhã desta terça-feira (14), a Polícia Federal deflagrou a operação Avis Aurea com o intuito de investigar uma organização criminosa que estaria envolvida na compra de ouro extraído ilegalmente da Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
A Justiça expediu 16 mandados de busca e apreensão dos quais foram cumpridos 13 em Roraima, São Paulo e em Goiás, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima.
De acordo com a PF, as investigações tiveram início após uma abordagem da PRF onde foram apreendidos mais de R$ 4 milhões em espécie em um veículo no município de Cáceres/MT. Em inquérito policial, a PF identificou que os valores seriam apenas uma parcela, inserida em um contexto de sucessivas aquisições de ouro em Roraima.
Parte da organização estaria baseada no estado e receberia valores de pessoas físicas e jurídicas de outros locais para adquirir ouro de garimpos ilegais. O dinheiro seria movimentado, principalmente, por via terrestre, saindo das regiões Sudeste e Centro-Oeste com destino à cidade de Boa Vista, em Roraima, em viagens que poderiam demorar mais de uma semana. Já para a saída do ouro de Roraima, o grupo contaria com o apoio de um funcionário de uma companhia aérea que auxiliaria o despacho do mineral.
Entre os investigados estão empresários, advogados e até um servidor público do município de Boa Vista. Uma das empresas suspeitas de participar do esquema já esteve envolvida em uma ação da PF que apreendeu 111 kg de ouro em um avião em Goiânia, no estado de Goiás. A organização criminosa teria movimentado, pelo menos, R$ 422 milhões de reais em um período de cinco anos.
Fonte: Oliberal