O governador Helder Barbalho participou nesta segunda-feira (09) da solenidade de abertura do Fórum Internacional da Agropecuária (Fiap). Realizado em Cuiabá (MT), o Fiap é um evento que antecede o encontro do Grupo de Trabalho de Agricultura do G20 Brasil que será realizado entre esta terça (10) até o próximo sábado (14) na capital mato-grossense.
Na oportunidade, Helder Barbalho defendeu a rastreabilidade e intensificação da produção agrícola como ferramenta de preservação do meio ambiente. Barbalho ponderou que o Pará busca potencializar suas vocações produtivas adicionando às oportunidades da economia verde. “O desafio está no equilíbrio das sustentabilidades econômica e social com a sustentabilidade ambiental”, avaliou.
O governador paraense acredita ser necessária a gestão de integridade na cadeia produtiva para demonstração pública de que os Estados produtores estão avançando com práticas de sustentabilidade. “E é isto que o Pará tem feito. Acima de tudo para mostrar que não propomos substituição de atividade econômica”, pontuou.
“Propomos soma, propomos agregação. Acreditamos profundamente que é possível fazer com que a floresta viva possa valer mais do que a floresta morta. E para isto estamos investindo em ciência, tecnologia e inovação. Investimento para que a floresta possa gerar renda para os povos locais. Para que a floresta possa gerar novas economias destacando a sua biodiversidade e a bioeconomia com o novo grande potencial de geração de renda para os mercados locais e mercados internacionais”, ponderou Helder Barbalho.
O chefe do Poder Executivo paraense voltou a defender o mercado de crédito de carbono como ferramenta estratégica para diversificação do ambiente de negócios e preservação da natureza. Helder Barbalho informou que o Governo do Pará está avançando no tema a partir do sistema jurisdicional de carbono.
“Precisamos fazer com que o Brasil tenha no mercado de carbono um novo incremento ao portfólio da atividade rural com o mercado de carbono. Onde um produtor rural do Mato Grosso, do Pará ou de qualquer outra unidade federativa, poderá receber renda da sua produção de grãos, da sua produção de proteína animal, mas também recebendo renda do estoque de preservação de floresta”, ponderou.
O governador paraense citou exemplo do Estado na intensificação da produção agrícola. “O Pará não precisa derrubar uma árvore sequer para continuar avançando fortemente na produção rural e posso dizer números aqui. De 2022 para 2023 nós reduzimos em cinquenta por cento os níveis de desmatamento no Estado e, neste mesmo período, nós incrementamos em 1,5 milhão de cabeças de gado no mesmo território mostrando que é possível fazer este processo conjugado”, exemplificou.
“Precisamos de integridade produtiva. A integridade garante, a partir de transparência de procedimentos, que o mercado está comprando um produto oriundo de boas práticas. E o Estado do Pará tem investido fortemente no processo de rastreabilidade do seu produto. Seja rastreabilidade do produto de grãos, seja na rastreabilidade dos animais”, informou .
O governador destacou ainda que o Estado do Pará tem por decreto a obrigatoriedade que até o final do próximo ano de 2026 o total de 100% do rebanho bovino esteja rastreado individualmente com brinco de chipagem. “Permitindo com isto que aqueles que compram e as plantas de exportação possam saber que são práticas oriundas de sustentabilidade, de responsabilidade ambiental e com isto agrega-se valor”, salientou.
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O Fórum – O objetivo do Fórum é analisar os desafios do setor e discutir as estratégias dos países do G20 para o agro. O evento reúne a iniciativa pública e privada, entidades do setor e produtores e agentes internacionais. Entre os temas que serão pautados estão a jornada do agro brasileiro nas últimas décadas, tecnologias e experiências que são referências, desafios e propostas para a produção de alimentos, recomendações da iniciativa privada para o G20 Agro, e segurança alimentar e o papel do Brasil.
Também participaram da abertura do evento o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, os ex-ministros Roberto Rodrigues, Aldo Rebelo e Blairo Maggi, além do presença do governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, da presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, e do ministro encarregado de Negócios da União Europeia, Jean-Pierre Bou.
G20 – O encontro do GT de Agricultura do G20 foi organizado pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) e terá reuniões técnicas, bilaterais e ministeriais.
Quatro temas serão prioridades do GT da Agricultura no G20 Brasil, entre eles: “Sustentabilidade nos sistemas agroalimentares em seus múltiplos aspectos” e “Reconhecimento do papel essencial da agricultura familiar, camponeses, povos indígenas e comunidades tradicionais para sistemas alimentares sustentáveis, saudáveis e inclusivos”.
Fonte: Agência Pará