O anúncio do governador Helder Barbalho de aumento de 15% no salário dos professores da rede pública estadual e da implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) para os servidores administrativos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) foi visto como uma vitória da categoria pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), sobretudo no que se refere à luta pela efetivação da lei do piso do magistério. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (13).
Segundo a coordenadora estadual do Sintepp e coordenadora geral do Sintepp Belém, Sílvia Letícia, a categoria tem lutado para que, além dos reajustes anuais, também seja cumprido o chamado tempo de planejamento e a jornada de trabalho, que, segundo ela, ainda não estão sendo respeitados no Estado.
“O reajuste de 15% anunciado pelo governador é fruto dessa luta, que não é de hoje. Nós exigimos que esse valor seja pago integralmente neste início de março, inclusive retroativo a janeiro, que é o mês de revisão do piso. Também exigimos que o reajuste se aplique aos trabalhadores e trabalhadoras aposentados, que continuam com achatamento salarial. Junto a isso, também seguirá a luta por um PCCR unificado, que é uma dívida do governador com os funcionários da Seduc que atuam nas escolas”, frisou.
De acordo com Sílvia, embora a questão salarial esteja sendo tratada, muitas outras questões, no âmbito da educação no Estado precisam avançar, como a infraestrutura das escolas. “As escolas ainda estão sucateadas e caindo aos pedaços. Falta estrutura, por exemplo, para garantir o Tempo Integral nas unidades de educação. Nós estamos em campanha nacional contra o novo Ensino Médio, que está sendo imposto, inclusive no Estado do Pará, sem um debate com a nossa categoria. Enfim, existe uma pauta, existe uma demanda pela qual nós vamos continuar trabalhando. A gente quer seguir exigindo que as escolas sejam reformadas, que tenham laboratórios, bibliotecas, recursos, tempo de descanso, refeitórios, entre outros espaços, para que os nossos alunos, tanto do Ensino Médio quanto do Tempo Integral, de toda a rede e dos diversos municípios, sejam valorizados a partir das condições adequadas das escolas”, completou.
Para ela, embora o anúncio tenha sido feito nesta segunda-feira, 13, o Sintepp precisa ser oficializado, o que ainda não aconteceu. “Só esperamos que esses 15% sejam integrais, ou seja, sem parcelamento, porque o governador apenas anunciou que vai pagar os 15% em 2023 e nós estamos exigindo essa proposta por escrito”, concluiu.
Fonte: Oliberal