O programa Bolsa Família (PBF) começou a ser pago na última sexta-feira (14) em todo Brasil. O Pará é o sétimo estado com maior número de beneficiários do país, com 1,35 milhão de famílias atendidas. O benefício alcança os 144 municípios do estado a partir de um repasse de R$ 863,74 milhões do Governo Federal. Em média, o valor recebido pelas beneficiárias é de R$ 677,75, recorde na história dos programas de transferência de renda do Governo Federal no Pará. Os pagamentos seguem até o próximo dia 28.
Belém é o município com mais famílias beneficiárias do PBF no Pará. São 198.976 famílias na capital, com investimento federal de R$ 127,74 milhões e valor médio recebido de R$ 647,45. Outros quatro municípios paraenses têm mais de 30 mil famílias beneficiárias: Santarém (46.906), Abaetetuba (45.288), Ananindeua (43.783) e Cametá (31.092).
O Bolsa Família garante um valor mínimo de R$ 600 por família e conta com um adicional de R$ 150 do Benefício Primeira Infância, destinado a cada criança de zero a seis anos na composição familiar dos beneficiários. No Pará, há 471.597 famílias contempladas com o Primeira Infância, a partir de um investimento federal de R$ 88,32 milhões. Em todo o país, em abril, são 7,2 milhões de famílias com pelo menos uma criança nessa faixa etária. O pagamento totaliza R$ 1,3 bilhão investido.
MÊS DE AUXÍLIO GÁS
Além do pagamento do PBF, abril também é marcado pelo pagamento do Auxílio Gás — benefício pago pelo Governo Federal a cada dois meses, que considera uma média do preço nacional de referência do botijão de 13kg do gás de cozinha. O valor a ser repassado este mês é de R$ 110 por família. Ao todo, 270.608 famílias no Pará serão contempladas, em todos os 144 municípios. O repasse federal soma R$ 29,76 milhões.
Neste mês, 5,69 milhões de famílias em condição de extrema vulnerabilidade receberão o Auxílio Gás em todo o Brasil. Na região Norte, o Auxílio Gás chega a 546 mil famílias. Juntas, elas recebem R$ 60,11 milhões. A maior parte das famílias atendidas pelo Auxílio Gás está no Nordeste. Para repassar o benefício às 2,72 milhões de famílias da região, o Governo Federal investe quase R$ 300 milhões. Em seguida aparece o Sudeste, com 1,85 milhão de contemplados, resultado de um repasse de R$ 204 milhões.
CALENDÁRIO
O calendário de repasses do programa é feito de forma escalonada, a partir do final do Número de Identificação Social (NIS) dos beneficiários. Os primeiros beneficiários, com NIS de final 1, receberam o valor no último dia 14. O cronograma de pagamentos segue até o dia 28 para beneficiários com o NIS de final zero.
Para municípios em situação de emergência ou calamidade pública reconhecida, o Governo Federal unificou o pagamento do Bolsa Família para o primeiro dia do calendário. Assim, na sexta-feira já foram contempladas as famílias beneficiárias em locais atingidos pelas chuvas e inundações no Acre, Amazonas, São Paulo, Espírito Santo ou Maranhão, por exemplo, bem como as afetadas pela estiagem no Rio Grande do Sul, além do povo Yanomami em Roraima.
REGIÕES
No recorte por regiões brasileiras, o maior número de beneficiários se concentra nos nove estados do Nordeste, com 9,73 milhões de famílias contempladas, a partir de um investimento de R$ 6,34 bilhões e benefício médio de R$ 662,68.
Na sequência aparece o Sudeste. Os quatro estados da região somam 6,31 milhões de famílias beneficiárias, com um aporte federal de R$ 4,20 bilhões e um benefício médio de R$ 669,94. O Norte reúne 2,59 milhões de famílias, com R$ 1,7 bilhão em recursos transferidos e um valor médio recebido por família de R$ 686,50.
Já os três estados do Sul contam com 1,42 milhão de famílias contempladas, a partir de um investimento de R$ 965 milhões e benefício médio de R$ 683,05. No Centro-Oeste está o maior valor médio recebido por família. As 1,12 milhão de famílias atendidas na região recebem média de R$ 689,02, a partir de um investimento federal de R$ 775 milhões.
ESTADOS
Na divisão por Unidades da Federação, São Paulo aparece em segundo lugar no ranking nacional em número de famílias atendidas, com 2,55 milhões, um pouco abaixo dos 2,56 milhões de contemplados na Bahia. O estado paulista, entretanto, contará com um investimento maior, de R$ 1,71 bilhão, porque no estado há mais crianças de zero a seis anos que recebem o Benefício Primeira Infância.
Outros seis estados reúnem mais de um milhão de famílias contempladas em abril: Rio de Janeiro (1,83 milhão), Pernambuco (1,67 milhão), Minas Gerais (1,61 milhão), Ceará (1,49 milhão), Pará (1,35 milhão) e Maranhão (1,23 milhão).
Fonte: Oliberal