O programa de moradia Minha Casa, Minha Vida foi relançado no Pará neste sábado (25), em evento que contou com a presença do ministro das Cidades, Jader Filho, e do governador do Estado, Helder Barbalho. O representante do governo federal cumpriu agenda em Abaetetuba e Belém durante dois dias, com o objetivo de realizar vistorias nas obras do programa e anunciar a retomada das construções.
No caso de Belém, serão concluídas as moradias do Residencial “Viver Outeiro”, com a viabilização de 1.008 unidades habitacionais com sistema de saneamento, infraestrutura e urbanização de toda a área. Já no caso de Abaetetuba, as obras vistoriadas são do Residencial Angelin, empreendimento do programa Minha Casa, Minha Vida que contará com 222 unidades habitacionais.
De acordo com o governo do Estado, a retomada beneficia e atende os anseios da população, devolvendo espaços habitacionais que estavam abandonados. “É fundamental que nós possamos fortalecer a política habitacional, garantindo moradia digna e de qualidade. Eu festejo que o governo federal, a partir do Ministério das Cidades, possa estar retomando este empreendimento”, comemorou o governador Helder Barbalho.
Ele ainda pontuou que as mais de mil unidades em Belém vão solucionar o déficit habitacional na região, permitindo o remanejamento para obras “importantes” de saneamento e infraestrutura da Região Metropolitana, além de ser um programa que estimula a construção civil, gerando emprego e renda para a população.
“Estamos falando de um conjunto que, lamentavelmente, foi abandonado pelo governo federal anterior, o que gerou diversos episódios de invasão e prejuízo para a população local, mas que, nesse instante, se vira a página e, a partir de iniciativa do ministro Jader, se permite que as obras possam ser retomadas e, o quanto antes, o presidente Lula possa vir aqui inaugurar”, ressaltou o chefe do Executivo estadual.
Durante as vistorias, o ministro das Cidades cobrou celeridade na retomada, uma vez que as obras iniciaram em 2012 e as famílias precisam de moradia digna. “O Ministério vai fazer um esforço para que essas obras que estão paralisadas voltem e que as que estão em andamento prossigam e sejam entregues o quanto antes, porque quem mora não tem casa, está morando em aluguel, em situação de risco, está morando em situações de dificuldade, morando em situação de rua. E essas casas precisam ser entregues porque essas pessoas têm pressa”, afirmou Jader Filho.
Beneficiadas
Quem sempre sonhou em ter a casa própria foi a diarista Roseane Cavalcante, inscrita desde 2019 no programa. “Trabalho como diarista e é um sonho que eu tenho de ter minha casa própria. É ótima a retomada deste programa porque vai beneficiar muitas pessoas carentes e que precisam de um apoio. Para mim está sendo muito bom, espero desde 2019 e me emociona saber que este sonho está perto de acontecer”, celebrou.
Já Mayara Oliveira, moradora do distrito de Outeiro, falou da felicidade de ter sido pré-selecionada e da importância do olhar político e social para os moradores da Ilha. “Eu fiz a minha inscrição há uns sete anos e é um sonho que estamos esperando há muito tempo. Só pelo fato de estar aqui, é uma felicidade muito grande, ainda mais para os moradores da Ilha que necessitam tanto deste programa. Sensação de felicidade e gratidão, principalmente para quem mora, como eu, de aluguel, e agora poderá morar em um local bem estruturado e de qualidade”, avaliou.
Mesmo com quase 90% de conclusão, as obras do Residencial Viver Outeiro foram paralisadas em 2019 e retomadas na atual gestão do governo federal, por meio do Ministério das Cidades. O programa Minha Casa, Minha Vida foi criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março de 2009.
Agora, sob gestão do Ministério das Cidades, o programa oferece subsídio e taxa de juros abaixo do mercado para facilitar a aquisição de moradias populares e conjuntos habitacionais na cidade ou no campo até um determinado valor. Para serem atendidas, as famílias precisam preencher alguns requisitos sociais e de renda, além de não possuir imóvel em seu nome.
Fonte: Oliberal