A direção do Águia de Marabá protocolou um ofício junto à Comissão de Arbitragem da FPF para questionar a atuação do árbitro Wanbelton Lisboa Valente, durante a partida contra o Clube do Remo, na última terça-feira, pela terceira rodada do Parazão. O presidente do clube informou que a medida foi tomada após os marabaenses sentirem-se prejudicados pelo árbitro, em uma partida cheia de lances polêmicos, que acabou vencida pelo adversário, de virada.
O documento já está em posse da federação. De acordo com o presidente da comissão, Fernando Castro, a medida não se caracteriza como um problema, mas sim um recurso assegurado aos clubes que participam do Parazão. “Não se sentindo confortáveis com alguma questão da arbtitragem, interpretação, marcação, cartão, uma expulsão ou algo dessa natureza, eles, como filiados, podem fazer uma representação junto à Comissão de Arbitragem, que é, na realidade, quem faz a análise. Hoje, nós somos quatro membros na comissão e todos os jogos são analisados por vídeo. Também fazemos a análise de desempenho do árbitro. E de posse dessa avaliação técnica a gente dá o feedback ao nosso filiado, informando se aquela jogada e a interpretação técnica foi aplicada de forma correta ou não”, comenta.
O presidente não entrou no mérito da atuação de Wanbelton e garantiu que os árbitros passam por um rigoroso processo de treinamento, mas isso não os impede de cometer alguns equívocos ao longo de 90 minutos. “Em todos os jogos a gente procura ter um analista de campo. Então, por exemplo, no jogo entre Águia e Remo, nós tivemos o Olivaldo Moraes, que produziu um relatório técnico. Em seguida a gente faz uma uma reunião presencial com o trio de arbitragem. Vamos rever os lances pontualmente. No entanto, devemos lembrar que o árbitro é um ser humano, ele também é um atleta, se prepara fisicamente, faz estudo de regras, então ele está ali pra tomar cinquenta, sessenta decisões em uma partida e está sujeito a uma interpretação equivocada, mas está preparado para não errar”, argumentou.
Uma das alternativas levantadas pelo Águia para evitar problemas com a arbitrgem seria trazer profissionais dos quadros da FIFA para atuar em jogos contra Clube do Remo e Paysandu, que segundo o presidente, seriam beneficiados de alguma forma. Castro reforça que não há impecilhos, ainda que não haja garantia de que não haverá erros.
“O próprio regulamento específico da competição deixa bem a vontade para isso. Desde que o clube se responsabilize por pagar as taxas, transporte, hospedagem, alimentação, entrando com o pedido mínimo de cinco dias pra que a gente possa ter tempo suficiente pra fazer ofício, encaminhar a CBF, ver disponibilidade, pode ser feito. É um valor alto, é um custo elevado, eu não sei se os clubes estão de acordo. A gente trabalha pra que todos os jogos sejam apitados por nossos árbitros, até porque mesmo que se traga o árbitro da FIFA, como já aconteceu no passado, isso não foi garantia de que não houvesse equívoco”, finaliza.