Nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve apresentar um projeto de lei para garantir remuneração igual entre homens e mulheres que exercem a mesma função. Apesar da diferença salarial já ser proibida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ainda faltam mecanismos que garantam que a lei seja cumprida e o tema continua representando um grande desafio.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, mostram que a diferença de remuneração entre homens e mulheres, que vinha em tendência de queda até 2020, voltou a subir no Brasil, atingindo 22% no fim do ano passado. Ou seja, uma brasileira recebe, em média, 78% do que ganha um homem.
Para especialistas, uma das possíveis explicações para isso é o fato de a pandemia ter sido mais difícil para as mulheres, que, em muitos casos, deixaram o emprego para cuidar da casa e da família. Outro motivo pode ser a crise no setor de serviços – que emprega mais mulheres – durante a pandemia, que acabou sendo maior do que na indústria e no agronegócio (segmentos que concentram mais homens), de acordo com a coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Gênero e Economia da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense, Lucilene Morandi.
Fonte: oliberal