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Entenda a “crise dos OVNIs” vistos na China, nos EUA e no Canadá

Em meio a mais recente crise entre os Estados Unidos (EUA) e a China, ocasionada por um balão supostamente usado para espionagem, quatro objetos voadores não identificados (OVNIs) foram vistos nos céus norte-americanos e asiáticos no último fim de semana. Três deles foram derrubados pelo Pentágono.

Os casos mais recentes são os seguintes:

  • Balão chinês supostamente usado para espionagem — derrubado na semana passada;
  • O objeto do tamanho de um carro, encontrado na sexta-feira (10) e abatido enquanto voava sobre o Alasca;
  • No sábado (11), um objeto cilíndrico foi derrubado sobre o Canadá;
  • Outro objeto em forma octagonal foi abatido, no domingo (12), em um lago na fronteira entre EUA e Canadá;
  • Também no domingo (12), a China disse ter encontrado um OVNI na região da costa Leste.

O Pentágono trabalha com a informação de que os objetos voadores sejam versões menores do balão chinês derrubado na Carolina do Sul, em 4 de fevereiro.

O dispositivo voador resultou em uma crise diplomática entre EUA e China, após escalada no clima de tensão entre os dois países. Diante do incidente, o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, decidiu cancelar uma viagem marcada para Pequim.

Além dos quatro artefatos destruídos, há a suspeita de que outros objetos voadores estejam circulando pelo continente. Integrantes do governo dos EUA afirmaram que há indícios de que um balão espião chinês teria sido avistado na América Latina e que, provavelmente, um terceiro está operando em algum outro lugar.

Além disso, no domingo (12), autoridades da província de Shandong, no leste da China, anunciaram que avistaram um objeto não identificado sobrevoando o mar perto da cidade costeira de Rizhao.

  • Balão no Alasca

O OVNI no Alasca foi derrubado na sexta-feira (10), por ordem do presidente Joe Biden. Sem detalhar o tipo ou origem do dispositivo, o governo informou que era, “aproximadamente, do tamanho de um carro pequeno”, e voava a cerca de 12 mil metros de altitude.

O dispositivo foi abatido no norte do Alasca, próximo à fronteira com o Canadá, e caiu na água. Não há informações sobre o recolhimento dos destroços, e os EUA disseram que faziam buscas na região.

  • No Canadá

No dia seguinte, o o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, divulgou no Twitter que autoridades canadenses abateram um objeto voador na região de Yukon. Trudeau afirmou que está em contato com Biden para o monitoramento dos céus no continente.

“Falei com o presidente Biden esta tarde. As forças canadenses irão agora recuperar e analisar os destroços do objeto. Obrigado ao Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte por vigiar a América do Norte”.

  • Versão chinesa

O governo chinês diz ter localizado, nesse domingo (12), objetos voadores próximos à cidade portuária de Qingdao. Pescadores foram notificados por mensagem de texto para prestar atenção à segurança. Maiores detalhes não foram notificados.

“Autoridades marítimas locais da província de Shandong anunciaram neste domingo que interceptaram um objeto voador não identificado nas águas próximas à cidade costeira de Rizhao e está se preparando para abatê-lo, informando os pescadores para ficarem seguros por mensagens”, informou a Global News, mídia estatal chinesa.

  • Terceiro norte-americano, em três dias

Os Estados Unidos (EUA) derrubaram mais um objeto voador também no domingo. Desta vez, na região do Lago Huron, próxima à fronteira do Canadá.

A informação foi divulgada pelo deputado republicano Jack Bergman no Twitter. “Os militares dos EUA desativaram outro ‘objeto’ sobre o Lago Huron. Eu aprecio a ação decisiva de nossos pilotos de caça. O povo americano merece muito mais respostas do que nós”, escreveu o político.

Horas antes, o país havia fechado temporariamente o espaço aéreo sobre o Lago Michigan, no norte do país, por motivos de “defesa nacional”. Os governos consideram os OVNIS uma ameaça à segurança.

Dispositivo de monitoramento

Os Estados Unidos (EUA) abateram, em 4 de fevereiro, o balão de origem chinesa apontado por Washington como “espião”, que passou cinco dias sobrevoando o território norte-americano. A derrubada contou com uma operação descrita como de “segurança nacional”, e o governo interrompeu as atividades de três aeroportos na região.

Em uma disputa de narrativas, o governo de Xi Jinping garantiu que o dispositivo é usado exclusivamente para fins meteorológicos, e que teria saído da rota original. Os chineses, inclusive, dizem querer os destroços do balão de volta.

O Pentágono, no entanto, não aceitou a explicação: “O propósito do balão é, claramente, de vigilância”. O material está sob investigação de autoridades de segurança dos EUA, e segundo eles, o objetivo estava “inequivocamente” equipado com dispositivos para coletar dados de Inteligência, a partir de sinais de comunicação.

Diante das suspeitas, o governo de Joe Biden acrescentou, no fim de semana, seis empresas chinesas à lista de restrições. As corporações estão proibidas de ter acesso a tecnologias e bens americanos sem autorização.

 

Fonte: Metrópoles

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