Home / Política / Lula defende igualdade de gênero e Ministério da Saúde anuncia distribuição de absorventes pelo SUS

Lula defende igualdade de gênero e Ministério da Saúde anuncia distribuição de absorventes pelo SUS

Durante cerimônia em alusão ao Dia Internacional da Mulher, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a importância da igualdade de gênero e do respeito às mulheres em um contexto de diversas formas de violência contra elas. Ele ressaltou a necessidade de o Estado e a sociedade enfrentarem cada uma dessas violências e destacou as 11 ministras do seu governo como exemplo.

Durante evento realizado no Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a assinatura de um projeto de lei que estabelece igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função no trabalho. Segundo o ex-presidente, a palavra mágica do projeto é “obrigatoriedade“, pois a Justiça deve funcionar para obrigar os empresários a pagarem salários iguais para homens e mulheres. Lula afirmou que muitos empresários não vão querer pagar, mas que a Justiça deve funcionar para garantir a igualdade salarial.

O PL é um compromisso assumido durante a campanha eleitoral presidencial e foi uma das condicionantes para que a então candidata Simone Tebet apoiasse Lula no segundo turno contra Jair Bolsonaro. Para Lula, aceitar que a mulher ganhe menos que o homem significa perpetuar uma violência histórica contra o público feminino. Ele defendeu a igualdade de gênero e comparou sua gestão com a do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que é necessário respeitar as mulheres, “que faltou no governo anterior”.

Lula afirma que a desigualdade é um problema global

Além disso, Lula anunciou um pacote de medidas voltadas para o público feminino como forma de “colocar fim à barbárie”. Ele destacou a importância de respeitar as mulheres em todos os espaços e afirmou que isso foi construído durante seu governo. Por outro lado, ele criticou o governo anterior por optar pela destruição de políticas públicas e cortar recursos orçamentários essenciais.

Lula enfatizou que a desigualdade de gênero é um problema global e que a humanidade levará 300 anos para alcançar a igualdade entre homens e mulheres, caso as condições atuais sejam mantidas. Ele afirmou que a igualdade de gênero não virá da noite para o dia, mas que é preciso acelerar esse processo.

“Nada, absolutamente nada justifica a desigualdade de gênero. A medicina não explica. A biologia não explica. A anatomia não explica. Talvez a explicação esteja no receio dos homens de serem superados pelas mulheres. É isso que não faz sentido algum. Primeiro porque as mulheres querem igualdade, não superioridade. Segundo porque quanto mais as mulheres avançam, mais o país avança. E isso é bom para toda a população.”

Decreto cria o Programa de Proteção e Promoção da Dignidade Menstrual

Também nesta quarta-feira (8), o Ministério da Saúde anunciou que vai garantir a oferta de absorventes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na população abaixo da linha da pobreza. O presidente Lula assinou um decreto criando o Programa de Proteção e Promoção da Dignidade Menstrual, que beneficiará cerca de 8 milhões de pessoas com um investimento de R$ 418 milhões por ano.

O programa seguirá os critérios do Programa Bolsa Família e incluirá estudantes de baixa renda matriculados em escolas públicas, pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade social extrema, além de pessoas em situação de privação de liberdade e que cumprem medidas socioeducativas. O ministério destacou que o programa alcançará todas as pessoas que menstruam, incluindo mulheres cisgênero, homens trans, pessoas transmasculinas, pessoas não binárias e intersexo.

Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) reforçou um pedido na Justiça para que a União apresente um plano de distribuição de absorventes a estudantes de baixa renda da rede pública, a mulheres em situação de vulnerabilidade social extrema, a detentas e a jovens em conflito com a lei internadas. A distribuição gratuita dos absorventes é garantida pela Lei Federal 14.214 de 2021, e o veto presidencial go governo Bolsonaro foi derrubado pelo Congresso Nacional em março do ano seguinte. Em novembro, o Ministério da Saúde lançou o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, com a promessa de atender a 4 milhões de mulheres.

 

Fonte: Oliberal

Veja Também

Ministério Público do Pará pede pleno indeferimento da candidatura de Edson Oliveira à Prefeitura de Bragança

O Ministério Público Eleitoral do Estado do Pará (MPE) manifestou-se pelo pleno indeferimento do registro ...

DEIXAR UM COMENTÁRIO

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.