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Imagem: Reprodução/Rogerio Uchôa / Ag. Pará

O Círio além da fé: a força econômica e cultural da maior procissão do Brasil

Mais do que manifestação religiosa, o Círio de Nazaré movimenta milhões de reais em turismo, comércio e artesanato, consolidando Belém como um dos maiores polos de fé e identidade cultural da Amazônia.

Mais do que ato religioso, o Círio de Nazaré funciona como um motor econômico e cultural para o Pará: congrega multidões, movimenta setores como hospedagem, alimentação, transporte e comércio informal, e projeta a cidade como destino do turismo religioso.

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Em 2024, a Diretoria da Festa e órgãos públicos registraram participação superior a 2 milhões de pessoas ao longo das celebrações — número que concentra o pico na grande procissão do segundo domingo de outubro.

A Secretaria de Turismo do Estado do Pará (SETUR-PA) estimou que, na mesma edição, cerca de 89 mil turistas visitaram a capital por ocasião do Círio, com injeção projetada na ordem de R$ 189 milhões na economia local, valor que contempla gastos com hospedagem, alimentação, transporte, comércio e serviços.

O Ministério do Turismo e relatórios oficiais ressaltam o alcance setorial da festividade: além das redes hoteleiras, microempreendedores e ambulantes registram aumento expressivo de demanda durante os dias de romaria; artesãos locais vendem lembranças, artigos religiosos e produtos da floresta, integrando patrimônio cultural e circuito econômico.

Para além dos números, o reconhecimento institucional reforça o peso simbólico e turístico do evento: o Círio consta como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo IPHAN e foi inscrito na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, confirmando sua importância cultural e capacidade de atrair visitantes nacionais e estrangeiros.

O efeito direto se vê em ocupação de hotéis e em micro-renda gerada por vendedores ambulantes e feirantes: a maior demanda por hospedagem eleva tarifas e reduz disponibilidade na capital; bares, restaurantes e transporte por aplicativo ampliam faturamento; oficinas e ateliês de artesanato antecipam produção para atender à procura por souvenires e mantos temáticos. Essas observações constam nas análises setoriais divulgadas por órgãos públicos e pela própria Diretoria da Festa.

Em síntese, o Círio de Nazaré opera simultaneamente como rito religioso, vitrine da cultura amazônica e oportunidade econômica estruturada — gerando receitas significativas para o comércio formal e informal, ampliando visibilidade turística de Belém e sustentando cadeias produtivas locais, conforme relatórios e estimativas do Ministério do Turismo, da SETUR-PA, da Diretoria da Festa de Nazaré, do IPHAN e da UNESCO.

*É proibida a reprodução deste conteúdo

Fonte: Diário do Caeté

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