Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal. O câncer mais evitável que existe, mas que, mesmo assim, é o quarto mais incidente no Brasil. Casos recentes deste tipo de câncer entre famosos, como as cantoras Preta Gil e Simony, a morte do Rei Pelé e do ídolo do Vasco Roberto Dinamite, fizeram as pessoas buscarem mais informações sobre a doença na internet. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que o Brasil deve registrar 44 mil novos casos da doença por ano até 2025. Na região Norte, o câncer de intestino é o 4º tumor mais frequente entre homens (7,05 por 100 mil) e o 3º entre as mulheres (7,78 por 100 mil). Apesar de fazer parte da região com menor índice de casos, o Pará é o estado que apresenta maior incidência, com 560 novos casos em 2022, número superior aos demais: Acre, 50 novos casos; Amapá, 20; Amazonas, 210; Rondônia, 130; Roraima, 30; Tocantins, 170.
Todo ano, no dia 27 de março, a área médica chama a atenção da população para o câncer colorretal com o objetivo de reduzir as chances do seu desenvolvimento e também promover o diagnóstico precoce.
O câncer colorretal é um tumor maligno que acontece no intestino grosso ou reto. O tipo mais comum é o adenocarcinoma, e quase a totalidade dos casos se origina a partir de alterações nas células de pólipos benignos encontrados nessas regiões.
Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), este tipo de tumor é o terceiro mais comum entre os homens (ficando atrás do de próstata e pulmão) e o segundo entre as mulheres (seguindo o câncer de mama).
Fatores de risco
Embora possa acometer pessoas de todas as idades, o risco para o tumor colorretal aumenta com o passar dos anos, sendo mais frequente na população com mais de 50 anos.
Além disso, outros fatores favorecem este tipo de câncer, como a obesidade e uma alimentação inadequada, ou seja, rica em alimentos processados, como embutidos (linguiça, salsicha, e salame), pobre em frutas e vegetais e com consumo exagerado de carne vermelha.
A história pessoal ou familiar de câncer colorretal ou mama, útero, ovário e renal; e doenças inflamatórias do intestino, como Retocolite Ulcerativa e Doença de Crohn, também são fatores de risco para o câncer colorretal.
Sintomas
O câncer colorretal é pobre em sintomas principalmente nos estágios iniciais. Mas devemos estar alertas quando surgem alguns sinais como:
- Sangramento nas fezes;
- Mudanças no hábito intestinal, tanto diarreia como prisão de ventre e/ou alternância entre eles;
- Dor ou desconforto abdominal persistente;Anemia sem causa esclarecida;
- Perda de peso inexplicável;Alteração no formato das fezes;
- Massa ou tumor que podemos palpar na barriga ou no ânus;
- Caso perceba algum desses sinais, busque o proctologista, especialista indicado para diagnosticar e tratar este tipo de câncer.
Diagnóstico precoce
Se identificado no início, as chances de cura do câncer colorretal são altas. E nos casos de pólipo, é possível evitar que eles progridam para um tumor. Para isso, existem os exames de rastreio, que são a busca por sangue oculto nas fezes, retossigmoidoscopia (exame endoscópico de imagem realizado através da observação direta do interior do canal anal e reto) e colonoscopia.
A colonoscopia é o principal exame para este tipo de câncer, pois permite, ao mesmo tempo, a visualização direta da parede do intestino e a remoção e/ou biópsias de pólipos e lesões suspeitas.
Todos as pessoas acima de 50 anos devem realizar a colonoscopia. E aqueles com menos de 50 anos que apresentam sinais ou sintomas ou ainda histórico pessoal ou familiar de câncer também devem ser avaliados.
Tratamento
O principal tratamento para o câncer colorretal é a cirurgia. Porém, dependendo do tipo de tumor e estágio da doença, podem ser associadas a quimioterapia e a radioterapia. A equipe médica irá avaliar cada caso e adotar a estratégia mais eficaz para cada paciente.
Diminuindo os riscos para o câncer colorretal
Adotar hábitos de vida saudáveis são a chave para a prevenção do câncer colorretal e todo e qualquer tipo de câncer. Portanto, deve-se:
- Manter uma alimentação saudável, rica em fibras e evitar alimentos processados e ultraprocessados;
- Praticar atividade física regularmente;
- Controlar o peso corporal e evitar a obesidade;
- Não fumar.