Pelo levantamento do Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil possui aproximadamente 16,8 milhões de adultos entre 20 e 79 anos de idade portadores de diabetes. Esse cenário torna o Brasil como o 5º país em incidência de diabetes no mundo, ficando atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 14,7 milhões de pessoas diagnosticadas com Diabetes Mellitus são cadastradas para acompanhamento nos serviços da Atenção Primária. “No Pará, até dezembro de 2022, cerca de 375 mil pessoas foram diagnosticadas com Diabetes Mellitus”, informa o MS.
O Ministério da Saúde desenvolve ações e estratégias para o enfrentamento das doenças crônicas, como acompanhamento nutricional e alimentar, estímulo à adoção de hábitos saudáveis, além dos guias alimentares para a população brasileira. O MS também credenciou 1.741 novos polos da Academia da Saúde, espaços próprios para a prática de atividade física, essencial para um estilo de vida mais saudável.
No Pará
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa que, de acordo com o Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) do Ministério da Saúde, o Pará registrou 6.208 internações por diabetes mellitus em 2021, 7.117 internações em 2022 e 928 nos meses de janeiro e fevereiro de 2023.
Nesse contexto, as projeções indicam que em 2030, daqui a sete anos, o Brasil terá mais de 21,5 milhões de pessoas com diabetes, de acordo com o Atlas da Federação Internacional de Diabetes, publicado no final de 2022. Pelo censo Vigitel Brasil, em 2021, Belém tem prevalência de diabetes de 9.2% da população adulta.
O medicamento semaglutida, para tratar diabetes e se tornou uma febre no tratamento da obesidade, essa medicação foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratamento seguro para pessoas com obesidade sem diabetes, o que gerou alta procura e falta do remédio.
Dada a gravidade da incidência desse enfermidade no país, acabada de ser lançada, a Frente Parlamentar Mista para a Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Diabetes, no Congresso Nacional. A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) informa que essa doença configura-se como uma doença crônica, caracterizada pelo aumento da glicemia e que também pode se expressar pela presença de sinais e sintomas.
Sequelas
O endocrinologistas destacam que o fato de o Brasil ser o quinto do mundo na quantidade de pessoas com diabetes “se deve muito à quantidade de habitantes do nosso país, pois nossa classificação em termo de propocionalidade é mediana em relação aos outros países”. “Lembrar que somos um país pobre, e as pessoas acabam ingerindo pelo preço uma grande quantidade de produtos com alto teor de açúcar adicionado, além do sedentarismo” que atinge quase 50% entre os adultos e 85% entre crianças e adolescentes)”.
Medidas de saúde
Uma pessoa com diabetes deve procurar um endocrinologista (fazer 2 a 3 consultas por ano), realizar avaliação cardiológica e oftalmológica anualmente. Tomar seus medicamentos como prescritos. Procurar nutricionista para realizar um plano alimentar individualizado e fazer 150 minutos de atividade física por semana. Realizar sempre exame periódico dos pés.
Tipos de diabetes:
Diabetes Tipo 1 – Mais frequente em crianças e adolescentes, com sintomas intensos
Diabetes Tipo 2 – Mais frequente em pessoas com mais de 45 anos e corresponde a 90% das pessoas com diabetes
Diabetes gestacional – Apresenta aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gravidez e que, após o parto, pode se tornar a diabetes do tipo 2
Pré-diabetes – Apresenta níveis de glicose no sangue mais altos do que o normal, mas ainda não são tão altos para ser caracterizada como diabetes do tipo 2.
Tratamento – Irá depender de acordo com o tipo de diabetes que o paciente possui.
Mitos e verdades:
– Obesidade é fator de risco do diabetes
– Situação de formiga no xixi (‘urina doce’) pode chamar atenção para o diagnóstico; confirmação só com exame de sangue
– Doce não é proibido, mas mediante controle, monitoramento;
doce pode ser recurso fundamental para casos de hipoglicemia
– Problemas de cicatrização é real para quem tem diabetes, mas não em todos os casos
Sinais e sitomas:
Diabetes tipo 1
– Fome frequente
– Sede constante
– Vontade de urinar diversas vezes ao dia
– Perda de peso
– Fraqueza
– Fadiga
– Mudanças de humor
– Náusea e vômito
– Diabetes tipo 2
– Fome frequente
– Sede constante
– Formigamento nos pés e mãos
– Vontade de urinar diversas vezes
– Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele
– Feridas que demoram para cicatrizar
– Visão embaçada
– Glicemia elevada
Fonte: Oliberal