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Parceria com municípios objetivam superar dados da alfabetização no Pará

De acordo com os dados da última edição da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) do Ministério da Educação (MEC), apenas 23,6% dos alunos do terceiro ano do ensino fundamental do Pará são considerados alfabetizados, posicionando o estado na 24ª colocação do ranking nacional.

A ANA é uma das ferramentas de interpretação dos resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) que mede os níveis de alfabetização e letramento em língua portuguesa e matemática. A avaliação distribui os resultados em 4 níveis: Elementar (abaixo do básico); Básico; Adequado (acima do básico); e Desejável (nível ideal).

No Pará, 28 municípios encontram-se no Nível 1; 104 municípios no Nível; 2 e nenhum nos Níveis 3 e 4. Outros 12 municípios não obtiveram dados suficientes para serem ranqueados. O cenário é de um processo de alfabetização insatisfatório que impossibilita o desenvolvimento do aluno em sala de aula.

As informações foram divulgadas pelo governo do Estado, que destacou que ações efetivas na educação são necessárias. Diante disso, a gestão estadual reforçou que, lançado há uma semana, o programa “Alfabetiza Pará” é uma iniciativa que marca o início da cooperação técnica-financeira entre Estado e os 144 municípios a fim de diminuir a defasagem educacional das crianças no Pará.

“O Projeto de Lei que formaliza o ‘Alfabetiza Pará’ já foi enviado para a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Nossa expectativa é que a aprovação na Casa ocorra logo após o recesso de carnaval. Estamos trabalhando com os prefeitos para que a implementação do programa tenha celeridade, após a aprovação. Nossas crianças precisam e dependem de ações realmente efetivas na educação”, afirmou o secretário de Estado de Educação do Pará, Rossieli Soares.

A deficiência de ensino durante a alfabetização é um problema em cascata: não apenas afeta os anos iniciais, mas também os finais, ensino médio e a vida além da escola: a cada 100 estudantes que ingressam na escola, 89 concluem o ensino fundamental I, 72 concluem o ensino fundamental II e apenas 54 concluem o ensino médio. Para além de outros fatores, a dificuldade encontrada conforme a passagem de série e etapas desestimula o aluno e reflete na distorção idade-série, abandono e evasão escolar, consequentemente diminui as chances do aluno de concorrer em vestibulares e de competir por uma vaga no mercado de trabalho.

“Mais do que nunca precisamos enxergar a alfabetização como uma responsabilidade de todos. O Pará é o estado mais municipalizado da região Norte, mas esse aluno, mesmo sendo da rede municipal, eventualmente chegará na rede estadual com uma enorme defasagem. É nosso dever trabalhar em conjunto com os municípios para acabar com esse problema”, concluiu Rossieli Soares.

Base Nacional Comum Curricular

No Brasil, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), toda criança deve ser plenamente alfabetizada até o 2º ano do ensino fundamental, em torno de 7 e 8 anos de idade, dominando as habilidades da leitura e escrita. É a alfabetização na idade certa.

O processo de alfabetização é um direito fundamental para toda criança. É também o ponto essencial no desenvolvimento cognitivo dos estudantes, já que a partir da concretização dessa etapa é possível apresentar novos conteúdos e disciplinas, além de possibilitar aprofundamento de ambos. É essencial que os estudantes sejam capazes de decodificar códigos e interpretá-los para só então receber e compreender novos estímulos de conhecimento.

 

Fonte: Oliberal

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