Ação educativa leva palestras, teatro e materiais didáticos às escolas de Bragança
Nos dias 21 e 22 de agosto, quinta e sexta-feira, a cidade de Bragança, no nordeste do Pará, recebeu a primeira etapa do Projeto Pipas, iniciativa patrocinada pela Equatorial Pará que tem como objetivo educar crianças e adolescentes sobre os riscos de soltar pipas próximo à rede elétrica. A ação busca reduzir acidentes e evitar interrupções no fornecimento de energia, problemas frequentemente causados pela prática inadequada da brincadeira.
O projeto percorre municípios paraenses levando informação de forma lúdica e interativa para dentro das escolas. Com palestras, apresentações teatrais e distribuição de material didático, os estudantes aprendem como uma tradição tão popular pode se transformar em um grande perigo quando realizada em locais inadequados, como ruas, avenidas e, principalmente, áreas próximas aos fios de energia. A proposta é formar multiplicadores da mensagem de segurança, incentivando desde cedo uma cultura de prevenção.
Ver essa foto no Instagram
A escolha de Bragança para abrir o calendário do projeto se deve a um dado preocupante: o município lidera o ranking de ocorrências relacionadas a pipas na rede elétrica no nordeste do Pará. Somente em 2024, já foram 156 casos registrados, resultando em interrupções no fornecimento e riscos à população.
Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram
De acordo com a Equatorial Pará, o uso de cerol ou da chamada “linha chilena” agrava os perigos, pois esses materiais são condutores de eletricidade, podendo causar curtos-circuitos, rompimento de cabos e até acidentes fatais com motociclistas e pedestres. A distribuidora reforça a recomendação: soltar pipas apenas em locais abertos e longe da fiação, nunca tentar retirar a pipa quando presa nos fios e acionar exclusivamente a equipe técnica autorizada para qualquer intervenção na rede.
Para Ana Carolina Mota, consultora de relacionamento com o cliente da Equatorial Pará, o projeto em Bragança tem papel fundamental.
“Bragança é uma cidade onde a cultura de soltar pipa é muito forte, mas, infelizmente, os números de incidentes também são altos. Trazer o Projeto Pipas para cá é fundamental para dialogarmos diretamente com nosso público mais jovem. As crianças e os adolescentes são agentes de mudança. Ao ensiná-los sobre os riscos de um choque elétrico e os transtornos da falta de energia, estamos investindo em um futuro mais seguro para todos”, afirmou.
A recepção nas escolas foi positiva. Laura Sousa, estudante do 6º ano da Escola Estadual Padre Cícero, destacou o aprendizado:
“Eu adoro soltar pipa com meus amigos, mas nunca tinha pensado no perigo que um fio elétrico representa. A gente aprendeu que a brincadeira tem que ser em um lugar seguro, longe de toda essa fiação. Foi muito importante a escola trazer esse projeto para a gente entender que a diversão não pode colocar a vida de ninguém em risco”, comentou a aluna.
Com iniciativas como essa, o Projeto Pipas destaca a importância da conscientização e da prevenção para garantir que a tradição da brincadeira continue viva, mas de forma segura e responsável.
*É proibida a reprodução deste conteúdo
Fonte: Diário do Caeté com informações da Equatorial Pará