A Universidade do Estado do Pará (Uepa) anunciou na manhã desta terça-feira (10) que o listão do Processo Seletivo (Prosel) 2023 será divulgado no próximo sábado (18), às 10h. No total, 52.987 inscritos concorrem a uma das 3.768 vagas, distribuídas em 31 cursos de graduação ofertados na capital e no interior do estado. Para manter uma tradição, que ainda faz parte do repertório cultural paraense, além de divulgar o resultado no site da instituição, a Uepa receberá a imprensa para uma entrevista coletiva e as equipes de rádio, que farão a transmissão, com a leitura dos nomes dos aprovados, diretamente da reitoria da Uepa. Ano passado, a coletiva de imprensa e a transmissão ao vivo voltou a ser feita, depois de dois anos suspensa, em razão da pandemia de covid-19.
A demanda de candidatos por tipo de vaga ofertada no Prosel 2023 aponta o curso de Fisioterapia, em Belém, como o curso mais concorrido entre aqueles que se inscreveram nas Cotas Socioeconômicas. Com a oferta de 12 vagas e demanda de 2.229 inscritos, a concorrência ficou em 185,7 candidatos por vaga. Essa graduação também foi a mais concorrida entre aqueles que se inscreveram nas Cotas Étnico-Raciais (CER). Foram disponibilizadas oito vagas e a demanda foi de 460 inscritos, resultando em 57,5 por vaga.
Já entre os Não Cotistas (NCT), o curso mais procurado foi Medicina, em Belém, com 50 vagas ofertadas, sendo 2.916 pessoas inscritas e 58,32 candidatos por vaga. A demanda de todos os cursos pode ser acessada no portal da Uepa. A classificação dos candidatos para as vagas ofertadas no Prosel é realizada, exclusivamente, com base nas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022.
Prosel
O Prosel é executado pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), por meio da Diretoria de Acesso e Avaliação (DAA), e acompanhado pela Comissão Permanente de Acesso ao Ensino Superior (Copaes) da Uepa. As vagas ofertadas pelo Processo Seletivo foram destinadas aos candidatos que concluíram o Ensino Médio ou que estavam concluindo a última série do Ensino Médio ou equivalente – referente ao período letivo de 2022 – e que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2022.
Do total de vagas ofertadas em cada curso/município, 30% foram destinadas às Cotas Socioeconômicas (CSE), voltadas a candidatos que cursaram integralmente o Ensino Médio em cursos regulares ou na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) em instituições públicas de ensino; enquanto que 20% se destinaram às Cotas Étnico Raciais (CER), reservadas aos candidatos que estudaram em instituições públicas de ensino e se autodeclararam negros ou indígenas; e 50% àqueles que optaram por não concorrer às cotas (Não Cotistas – NCT).
Cotas
Segundo o Pró-Reitor de Graduação da Uepa, Ednalvo Campos, a aderência às cotas representa um avanço para a universidade. “Essa é uma conquista social, um atendimento a demandas sociais desses segmentos, não só de negros, mas de indígenas, e nós ainda precisamos avançar em relação à Pessoa com Deficiencia. Nesse edital, ainda não incluímos cotas para Pessoas com Deficiência (PcD), mas já há uma comissão trabalhando na construção de uma resolução que deverá, mais à frente, ser apresentada ao Conselho Superior e aprovada. No Prosel 2024, nós já esperamos contar com cotas étnico-raciais e cotas para PcD”, adianta.
Os candidatos que optaram por concorrer às vagas destinadas às cotas étnico-raciais deverão se apresentar, no período da matrícula, à Comissão de Heteroidentificação, para verificação da autodeclaração e entrega dos documentos comprobatórios. A comissão será composta por representantes da Pró-Reitoria de Graduação, Diretoria de Controle Acadêmico, Núcleo de Formação Indígena (Nufi) e Núcleo de Estudos Afrobrasileiros (Neab) da Uepa, podendo também participar representantes de movimentos negros e indígenas.
Para qualificar o corpo técnico e docente da comissão, a Uepa ofertou uma programação com palestras e oficinas, durantes os meses de setembro e outubro de 2022, sobre temas como racismo estrutural, legislações antirracistas, o negro na Amazônia e os direitos dos povos indígenas e quilombolas.
Fonte: Oliberal