Um trágico acidente aéreo ocorrido nesta segunda-feira (25) resultou na morte de quatro pessoas após a queda de uma aeronave de pequeno porte na Floresta Amazônica. O avião transportava um paciente que seria transferido para tratamento médico em uma cidade maior da região. As vítimas foram identificadas como o piloto, o médico responsável pela transferência, o paciente e seu acompanhante.
Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram
O acidente ocorreu por volta das 9h da manhã, pouco após a decolagem de uma pista localizada em uma comunidade ribeirinha no interior do estado do Amazonas. Segundo informações preliminares da Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave teria perdido contato com a torre de controle cerca de 15 minutos após a decolagem.
Equipes de resgate foram mobilizadas imediatamente após o alerta de desaparecimento. A localização exata do acidente foi identificada por um sistema de rastreamento via satélite, e helicópteros de busca conseguiram chegar ao local ainda na tarde do mesmo dia. De acordo com os socorristas, os corpos das vítimas foram encontrados junto aos destroços do avião em uma área de difícil acesso e densa vegetação.
Vítimas
As vítimas foram identificadas como:
- Carlos Henrique Nunes, 42 anos, piloto experiente com mais de 15 anos de atuação em voos regionais na Amazônia.
- Dr. Marcos Lima, 38 anos, médico que acompanhava a remoção do paciente.
- João Batista da Silva, 58 anos, paciente que seria transferido para tratamento de insuficiência cardíaca.
- Maria das Dores Silva, 60 anos, esposa do paciente e sua acompanhante.
Causas estão sendo investigadas
A investigação das causas do acidente ficará a cargo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). Técnicos foram enviados ao local para coletar dados que possam esclarecer o que provocou a queda. Possibilidades como falha mecânica, más condições climáticas e erro humano não são descartadas neste momento.
De acordo com moradores da região, o tempo estava instável na manhã do acidente, com fortes chuvas em áreas isoladas da floresta.
“É uma região complicada para voar. A visibilidade muda muito rápido”, relatou um piloto local que preferiu não se identificar.
Transporte essencial
Voos como o que caiu hoje são parte essencial do sistema de saúde em regiões remotas da Amazônia, onde o acesso por estrada ou rio é limitado ou inexistente. Pequenas aeronaves são frequentemente utilizadas para transportar pacientes em estado grave até hospitais em cidades como Manaus ou Santarém.
Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado lamentou profundamente o ocorrido e expressou solidariedade às famílias das vítimas. “Estamos de luto e nos comprometemos a oferecer todo o apoio necessário neste momento tão difícil”, diz o comunicado.
As operações de remoção dos corpos e destroços devem continuar nos próximos dias, dependendo das condições climáticas e do terreno. A expectativa é que os corpos sejam levados para identificação em um Instituto Médico Legal (IML) em Manaus.
*É proibida a reprodução deste conteúdo
Fonte: Diário do Caeté