Conhecido popularmente como o “santo casamenteiro”, Santo Antônio é uma das figuras mais queridas da fé católica no Brasil e no mundo. Mas quem foi, de fato, esse homem que ganhou fama por ajudar a unir casais e virou símbolo das festas juninas?
Santo Antônio nasceu em Lisboa, Portugal, em 1195, com o nome de Fernando de Bulhões. De família nobre e religiosa, ainda jovem se juntou à ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, mas foi ao entrar para a recém-criada Ordem dos Franciscanos que encontrou sua verdadeira missão. Mudou seu nome para Antônio em homenagem a Santo Antão do Deserto e passou a se dedicar à pregação e à vida simples, seguindo os passos de São Francisco de Assis.
Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram
Sua fama como grande pregador se espalhou rapidamente. Era um orador apaixonado, conhecido por converter multidões com suas palavras. Morreu jovem, aos 36 anos, em Pádua, na Itália — por isso também é conhecido como Santo Antônio de Pádua. Foi canonizado apenas um ano após sua morte, em 1232, tamanha era a devoção popular.
Mas de onde vem a fama de casamenteiro?
Segundo a tradição, Santo Antônio ajudava moças pobres a conseguirem o dote necessário para o casamento — prática comum na época. Há relatos de que ele teria intercedido milagrosamente para garantir o casamento de algumas jovens. Com o tempo, essas histórias se espalharam, e ele passou a ser invocado por quem busca um amor ou quer casar. No Brasil, essa devoção ganhou força com a tradição das simpatias de Santo Antônio no mês de junho.
As festas em sua homenagem são celebradas em 13 de junho e marcam o início das tradicionais festas juninas, especialmente no Norte e Nordeste. Além dos pedidos por casamento, muitos fiéis recorrem ao santo pedindo ajuda em situações difíceis, como encontrar objetos perdidos ou alcançar causas urgentes.
Mais do que um “cupido” da fé, Santo Antônio é lembrado como um homem sábio, generoso e profundamente comprometido com os pobres. Um santo que falou ao coração das pessoas em sua época — e que continua sendo símbolo de esperança, fé e união até os dias de hoje.
*É proibida a reprodução deste conteúdo
Fonte: Diário do Caeté