Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu Mianmar nesta sexta-feira (28), gerando uma situação crítica no país e colocando milhões de pessoas em risco. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), há um elevado perigo de liquefação do solo, fenômeno que pode intensificar os danos já causados pelo tremor.
O USGS alerta que a liquefação tem potencial para afetar uma área de até 10 mil quilômetros quadrados, expondo mais de um milhão de pessoas ao fenômeno. A região de Mandalay, segunda maior cidade do país, está entre as mais vulneráveis. Além disso, municípios vizinhos a Mianmar também podem sofrer impactos severos.
A liquefação ocorre quando solos saturados de água, especialmente arenosos ou siltosos, perdem resistência devido às intensas vibrações do terremoto. Com isso, o solo passa a se comportar como um líquido, comprometendo a estabilidade de edificações, rodovias e demais infraestruturas essenciais.
“Sedimentos frouxamente compactados e encharcados perdem sua capacidade de suporte, fazendo com que edifícios afundem ou tombem”, explicou o USGS.
O tremor principal foi registrado às 12h50 no horário local (3h20 em Brasília), sendo seguido por outro abalo de magnitude 6,4 apenas 12 minutos depois. Segundo as autoridades militares de Mianmar, já foram confirmadas 144 mortes e 732 feridos, mas os números podem aumentar conforme as equipes de resgate avançam e novas informações chegam. Em Mandalay, há relatos de desabamentos, danos a vias públicas e falhas no fornecimento de serviços essenciais.
📲 Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram
A possibilidade de liquefação agrava ainda mais a situação, principalmente em áreas densamente povoadas com infraestrutura precária. Hospitais estão sobrecarregados e há falta de médicos e enfermeiros para atender os feridos.
“Mais feridos estão chegando, mas não temos médicos e enfermeiros suficientes”, relatou uma fonte hospitalar à imprensa local.
Especialistas alertam que os efeitos do desastre podem se estender por semanas ou até meses. O USGS reforçou que a liquefação pode continuar causando danos nas próximas horas, dificultando os esforços de resgate e recuperação.
Diante do cenário alarmante, a comunidade internacional está sendo chamada a prestar assistência humanitária e enviar especialistas para auxiliar na mitigação dos impactos da tragédia. A situação exige uma resposta rápida e coordenada para evitar mais perdas e minimizar os danos à população afetada.
*É proibida a reprodução deste conteúdo
Fonte: Diário do Caeté