Após mover um recurso contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado na Corte por sete votos a zero. Os ministros foram unânimes em recusar o pedido do ex-mandatário. Por ser alvo do pedido Moraes, que se declarou impedido de votar.
Bolsonaro buscava que o TSE declarasse Moraes suspeito para julgá-lo em um processo sobre abuso de poder político pelo uso dos palácios do Planalto e da Alvorada para fazer lives durante o período eleitoral. O placar terminou em 4 a 3, com o voto de desempate de Moraes, e o TSE manteve a proibição a Bolsonaro para a realização de lives de cunho eleitoral nos palácios.
O pedido do ex-presidente pela suspeição de Moraes foi motivado por um gesto do ministro associado à degola em uma sessão do Tribunal que ocorreu em setembro do ano passado. Na época, o vídeo foi reproduzido por apoiadores de Bolsonaro.
Moraes retrucou dizendo que o gesto de degola foi uma “brincadeira com assessor” e não tinha relação com o tema do julgamento. “Foi uma brincadeira com um assessor meu que estava na plateia e demorou para me passar uma informação”, afirmou o magistrado ao Estadão.
Mas, a conduta foi vista de forma negativa pela defesa de Bolsonaro, que afirma que “reflete uma ausência de imparcialidade”. No entanto, Lewandowski negou a liminar, sob o argumento de que a acusação era “destituída de fundamentação jurídica”. O ex-presidente recorreu, mas saiu derrotado plenário do TSE.
Fonte: Oliberal