Um vigilante noturno foi executado a tiros na madrugada desta quarta-feira (13), enquanto realizava sua ronda no conjunto Euclides Figueiredo, no bairro da Marambaia, em Belém. A Polícia Civil investiga o caso como uma possível execução, mas não descarta a hipótese de que o crime tenha sido um engano.
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A vítima foi identificada como Adriano César Souza dos Santos, de 46 anos, conhecido na comunidade como “papa sereno” pelos anos dedicados à segurança das ruas do bairro. O crime aconteceu por volta das 3h30 da manhã, enquanto ele pilotava sua motocicleta durante a rotina de trabalho. Segundo testemunhas, criminosos em outra motocicleta o surpreenderam. Adriano ainda tentou escapar, mas foi atingido pelos disparos, perdeu o controle da moto e colidiu com um muro. Já caído no chão, foi alvo de mais de 15 tiros, a maioria deles na região da cabeça.
A Polícia Civil, por meio da Divisão de Homicídios, segue apurando os detalhes da execução. Uma das linhas investigativas considera a possibilidade de erro de identidade, já que dias antes do crime houve um desentendimento entre um vigilante da região e um suspeito de roubo. A polícia investiga se Adriano pode ter sido confundido com o profissional envolvido nessa ocorrência anterior.
Imagens de câmeras de segurança das residências vizinhas estão sendo coletadas e analisadas pelos investigadores. A motocicleta utilizada no crime também está sendo procurada. O corpo do vigilante foi removido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passou por necropsia.
O caso gerou comoção entre os moradores da Marambaia, onde Adriano era conhecido e respeitado. Moradores relatam que ele costumava patrulhar as ruas com frequência, auxiliando na prevenção de crimes e garantindo uma sensação de segurança à comunidade. A morte brutal chocou a todos e reacende o debate sobre a violência urbana e a exposição de vigilantes que trabalham em áreas de risco.
Este não é um caso isolado. Em maio de 2024, um outro vigilante, Carlos Rogério Oliveira Lobato, foi morto a tiros no bairro Terra Firme, também em Belém. Na ocasião, a investigação concluiu que ele havia sido confundido com um policial militar, reforçando o temor de que trabalhadores da segurança privada estejam se tornando alvos por engano em disputas territoriais de facções criminosas.
A sequência desses crimes levanta um alerta urgente sobre a necessidade de proteção para profissionais da segurança que atuam de forma autônoma ou comunitária. A população da capital paraense segue cobrando respostas e medidas efetivas que garantam justiça e evitem novas tragédias como a que tirou a vida de Adriano César.
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Fonte: Diário do Caeté